sábado, 3 de outubro de 2009

por Elva Vieira (elvavieira@msn.com)

Meu contato com a semiótica sempre foi intenso, desde o princípio. Não nego o meu fascínio para com essa disciplina, apesar de reconhecer a dificuldade para entendê-la num primeiro momento. Hoje, o professor Erasmo explicou alguns mandamentos da lógica semiótica Greimasiana:

  1. Nada é o que parece ser, nunca;
  2. A consciência em si (a razão) é destinada para si;
  3. As coisas só têm significado se tiver valor. Caso não, passa despercebida mesmo aos olhos mais atentos;
  4. Ninguém se move se não por um interesse;
  5. Dualidade Aparência versus Essência;
  6. Desvelar (tirar o véu, relevar, mostrar a essência).

Logo depois aplicou na prática dando o seguinte exemplo:

“O cara vai a uma festa no fim de semana, mas desde quinta ele já está pensando na roupa que vai usar, para causar boa impressão com as gatinhas. Chega o dia da festa, o cara se arruma todo, se perfuma e parte para a balada à procura de uma presa. Ao encontrá-la, tenta chegar junto e para isso promove uma estratégia... Chega na moça, tenta parecer o mais interessante, inteligente, agradável, atencioso, estiloso e todos esses requisitos para despertar a atenção dela. Quando rola, trocam telefones e mais adiante o negócio se torna um relacionamento. Com o tempo, ela percebe que todos aqueles requisitos básicos de quando se conheceram não é bem aquilo que aparentava ser... Cai a aparência e fica a essência, o cara se mostra como ele verdadeiramente é.
Quando ela fizer o balanço Aparência versus Essência pode ser que: 1) a essência seja bem pior que a aparência e ela dê um chute na bunda do cara ou 2) percebe que a essência não é o que era a aparência, mas mesmo assim o cara vale a pena.
Caso ocorra a primeira alternativa, o cara entra em desespero. Não aceita e corre atrás da moça incansavelmente pedindo uma chance, e tenta a todo custo remontar a aparência... Que SEMPRE vai cair com o tempo, pois essência ninguém tira!”

Depois ele passou esse vídeo:



Segundo alguns psicanalistas quando se apaixona, você não se relaciona com alguém de carne e osso, mas com uma projeção criada por você mesmo; e a projeção que fazemos é de um ser absolutamente perfeito, mas depois de um período a projeção acaba e você passa a enxergar de verdade a pessoa com quem está se relacionando. Invariavelmente, algumas virtudes do parceiro ou da parceira vão embora junto com a projeção, outras ficam.
E se o que ficou de cada um for suficiente para os dois, a relação perdura, caso contrário, ninguém sabe o que faz o botãozinho ligar e iniciar uma nova projeção, mas fortes indícios apontam para um único e delicioso suspeito, o Serenata de Amor.


Conclusão:
O amor é inexplicável, mas tem umas coisas que você pode entender... Basta uma aula de semiótica!

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