quarta-feira, 18 de novembro de 2009

"Eu sou a Filha da Chiquita Bacana...

... nunca entro em cana porque sou família demaaaaais. Puxei à mamãe..."

Hoje passei o dia escrevendo meu novo projeto de pesquisa. E sabe, adorei ter trocado de tema. Não tem nada mais paraense do que o Círio e não tem nada mais Elva do que a festa dos excluídos, dai a gente junta os dois e a gente entra em êxtase! Chama Dionísio, diga pra ele me trazer um vinho pra comemorar que tá ficando lindo, lindo!
To fazendo tudo com muito empenho e carinho e é claro com aquele Sazon, pra ficar bem gostoso! Quero mesmo fazer esse registro de narrativas e contar a história por meio das experiências dos outros. É isso. Vou construir minha história com a história dos outros. O círio é mesmo um Carnaval Devoto, como estou lendo em um livro do Isidoro.
A música do Caetano demostra muito bem esse contexto: é religião, carnaval, ieieie, iaiaia, e tudo mais. E por falar nisso, ainda pouco estava cantando essa canção, e justamente na hora em que eu cantei alto que puxei à mamãe, a minha mãe disse que sou mesmo a filha da Chiquita Bacana. Não por eu ser homossexual, apesar de defender essa classe com unhas e dentes, nem por ser assídua dessa festa, porque realmente não sou. Mas porque quando minha mãe nasceu, em fevereiro, carnaval, passou um carro som tocando bem alto "chiquita bacana lá da martinica..." e o apelido ficou. Ela é a Chiquita Bacana, então eu sou a filha da Chiquita Bacana. Bom, coincidência ou não, me sinto mais Chiquita por isso. Ainda mais agora mergulhando nesse mundo louco e profano (ou sagrado?) dessa festa tão nossa!
Entre stress, travadas, cigarros, muita leitura e insistência para entrevistar meus personagens volto ao meu projeto. Até!

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